Kip Winger - Dhomba - Porto Alegre - 29/05/2012

"I will do my best to rock the house" (Eu farei o meu melhor para agitar a casa). E ele fez.

Sou obrigado a deixar aqui o meu registro a respeito do espetáculo de musicalidade que Kip WInger proporcionou a poucos privilegiados gaúchos que estiveram no show de Porto ASlegre de sua 2 ª turnê pelo Brasil.
Realmente, Kip Winger é um músico diferenciado. Ele simplesmente não cosnegue fazer uma música ruim.
Se pensarmos em todo o talento que ele possui e todo o sucesso que desfrutou com o Winger, é inimaginável que ele possa estar num palco tão pequeno quanto o do Dhomba, com um público tão pequeno também e ainda ser super carismático. Talvez seja em retribuição ao trabalho deste pequeno público em cantar junto com ele simplesmente todas as músicas do show.
Eu havia perdido o show de 2009 porque eu não fiquei sabendo, mas neste eu consegui ir e isto me fez uma baita diferença, porque assisti de perto o show de um dos maiores músicos de rock que já existiram.

The Wall - Roger Waters - Porto Alegre

Eu tenho praticamente a mesma idade do The Wall. Meu pai comprou o LP, talvez em 1980, eu deveria ter uns 3 anos, portanto não lembro quando foi a primeira vez que eu ouvi o disco. Mas The Wall foi certamente o disco mais importante do Pink Floyd na minha vida. Domingo, 25 de março de 2012, no Beira-Rio, assistindo ao show de Roger Waters, tive uma viagem de volta ao interior das sensações que marcaram tão fortemente a minha infância e adolescência. Uma obra como The Wall, tão intensa, que é complementada por um longa-metragem tão ou mais incrível que o disco, levou os fãs do Pink Floyd, ou de Roger Waters a um patamar diferente de relacionamento com a música da banda. Sempre tive a sensação que The Wall não foi criado; ele sempre existiu. Talvez Waters tenha apenas o descoberto, afinal como ele diz em Nobody Home “I’ve got amazing powers of observation”.

Lá no estádio, vendo ao vivo, completo em sua totalidade aquele espetáculo, eu recordava as nostálgicas depressões que o disco me proporcionava. Depressões no sentido de que o sentimento do álbum é transportado ao ouvinte de uma maneira tão real que Roger Waters pode ser considerado um mago em transformar os seus sentimentos em músicas. E o mais incrível é que de alguma maneira estes sentimentos parecem ser universais, ao menos entre os fãs.

Foi muito bom reviver a obra, reformulada com os modernos recursos da tecnologia e com a imperdoável crítica de Waters ao estabilishment.

E eu como fã de David Gilmour, senti apenas uma tristeza pelo mestre que criou as guitarras de The Wall não estar lá comungando aquele momento de glória musical. Mas a genialidade de Waters não ofuscou o brilho de um dos maiores guitarristas do mundo, pois os solos estavam lá, da maneira que Gilmour os compôs, nas mãos de competentes guitarristas.