Freakonomics é um livro de autoria do economista norte-americano Steve Levitt, escrito em parceria com o jornalista Steve Dubner. O livro tem feito grande sucesso em função das idéias não-ortodoxas do economista. Na verdade, jornais como o New York Times têm tratado o cara como um deus entre economistas contemporâneos. Um certo exagero na minha opinião.
De fato o livro é interessante, mas a abordagem de Levitt não é nada excepcional. Resumidamente, o livro trata de aspectos simples e corriqueiros do dia-dia, analisados sob uma ótica econômica peculiar e uma avalanche de, dados. Dados. Esse é o diferencial da economia, e o autor tem acesso a um inusitado bocado deles. Fora a ter em mãos uma quantidade maciça de dados curiosos, o resto não é nada fora do comum. Mas Levitt é esperto e olha para os dados de maneira diferente. E os seus dados SÃO diferentes.
Por exemplo. Ele teve acesso à contabilidade de uma rede de tráfico de crack; e respondeu porque os traficantes moram com as mães. Futricou no submundo dos lutadores de sumô e descobriu as táticas de cooperação entre adversários para manterem-se no topo do ranking. Mostra porque ter piscina em casa é mais perigoso para crianças do que ter uma arma. Os dados mostram que o principal fator da redução da criminalidade nos anos 90 é a liberação do aborto nos anos 70. E também analisou como é a dinâmica de nomear os filhos entre ricos e pobres.
Em suma, ele demonstra as nuances do comportamento humano, que é baseado num sistema de incentivos, trocas e recompensas. E que a resposta à perturbações de sistemas sociais nem sempre se dá da maneira prevista por milhões de teorias complexas, mas por um simples balanço do que vale a pena ou não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário